quarta-feira, 20 de junho de 2012

PCR-ELISA


INTRODUÇÃO

A ocorrência de infecções alimentares ocasionadas por microorganismos é um problema mundial de saúde pública. Alguns dos microorganismos mais frequentes, relatados nas doenças transmitidas por alimentos (DTA), são a E. coli e a Salmonella entre outros como C.botulinum.
E. coli é uma bacteria bacilo gram-negativa, aeróbia e anaeróbia facultativa pertencente a família Enterobacteriacea, causadora de infecções intestinais e extra-intestinais
Salmonella também pertencentes a família Enterobacteriaceae, gram-negativas, em forma de bacilo, na sua maioria móveis, não esporulado, não capsulado, sendo que a maioria não fermenta a lactose. São um gênero extremamente heterogêneo, composto por três espécies, Salmonella subterraneaSalmonella bongori e Salmonella enterica.
O Clostridium botulinum é um bacilo gram positivo, que se desenvolve em meio anaeróbio, produtor de esporos, encontrado com freqüência no solo, em legumes, verduras, frutas, sedimentos aquáticos e fezes humanas. A germinação dos esporos nos alimentos é promovida por condições anaeróbicas (alimentos embalados ou lacrados) em que o pH é superior a 4,5, com uma elevada atividade de água. Assim, as células vegetativas produzem a toxina dentro do recipiente durante o armazenamento.
Existem diversas técnicas de detecção de microorganismos, dentre essas destacam-se PCR (cadeia de polimerase reativa),ELISA (ensaio imunoenzimático) e o PCR-ELISA (ensaio imunoenzimático ligado a cadeia de polimerase reativa).

ELISA

É um método imunoenzimático de grande sensibilidade.O agente bacteriano se presente na amostra se liga ao anticorpo específico, podendo este ser marcado por uma enzima fluorescente. Técnicas que usam reações imunes podem ser associadas a outros métodos para melhorar a detecção dos patógenos. Estes ensaios disponíveis comercialmente na forma de kits específicos para cada microorganismo.

PCR

É uma técnica de amplificação in vitro, que pode em questão de horas, amplificar sequências especiíficas de DNA intacto ou fragmentado. Baseia-se em um ciclo repetitivo de três reações, desnaturação, hibridização e extensão do DNA, que ocorrem em diferentes temperaturas.em um mesmo tubo e na presença de reagentes termo estáveis. Os reagentes são dois pequenos oligonucleotídeos iniciadores,denominado primers, sintetizados para serem complementares as sequencias conhecidas do DNA-alvo.

PCR-ELISA

O que é ?

A tecnologia de ensaio imunoenzimático ligado a cadeia de polimerase reativa (PCR-ELISA), foi criada a partir da utilização da alta sensibilidade do PCR, das sondas de ácido nucleico de especificidade, e do leitor de microplacas de objectividade. Desde o seu estabelecimento, tem recebido uma grande atenção.
Os produtos de PCR são rotulados (por exemplo, digoxigenina) durante a amplificação. Uma sonda de captura específica para o fragmento amplificado de PCR é usado para imobilizar o fragmento amplificado para a microplaca. ELISA age contra a rotulação (por exemplo, anti-digoxigenina) é então usado para quantificar os produtos de PCR.

Qual a vantagem?

PCR-ELISA têm sido utilizado desde os anos 1980 e se transformou em um ensaio para a detecção de seqüências específicas dentro de produtos de reação em cadeia da polimerase. Embora muitos métodos estão disponíveis para a detecção de seqüências específicas, PCR-ELISA são úteis para detectar e diferenciar entre alvos múltiplos. O PCR-ELISA também é útil para o rastreio de amostras múltiplas.
Um dos aspectos mais úteis do PCR-ELISA é a diferenciação entre os produtos de reacção em cadeia da polimerase gerados a partir de um conjunto comum de primers que contêm variações de sequências. Como as placas de ensaio são relativamente baratas para se preparar, a captação de sondas pode ser adicionadas, excluídas e facilmente modificadas.

OBJETIVO

O objetivo desse blog se aplica para pesquisadores e estudantes, em busca de esclarecer duvidas ou buscar conhecimento sobre a técnica de PCR-Elisa. Neste blog, introduzimos uma descrição básica da tecnologia e a sua aplicação na área biomédica nos últimos anos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS






Estudo de filogenia

Estudo de Filogenia

O que é??

Filogenia

O termo filogenia (do grego phylon, “raça”, “tribo”, “grupo”) foi proposto em 1866 pelo embriologista alemão Ernst Haeckel, que pretendia resumir de modo significativo e funcionalmente eficaz as teses evolucionistas sustentadas e difundidas pelos naturalistas ingleses Charles Darwin e Alfred Russel Wallace.

O postulado principal da filogenia sustenta que vegetais e animais das diferentes espécies derivam de um antepassado comum.

O avanço da bioquímica permitiu detectar diversos parentescos, de inicio constatados em bases morfólogicas (semelhança de forma e estrutura entre espécies), graças à análise comparativa da composição de proteínas ou de ácido desoxirribonucléico (DNA), material-chave da herança biológica.

Eritropoietina

A Eritropoetina (EPO) é um Hormônio Glicoprotéico produzido naturalmente nos seres humanos e nos animais pelos rins e fígado, a função da Eritropoetina é principalmente de regular a eritropoiese, nome que se dá a produção de células vermelhas do sangue, hemácias.

Quanto as denominações, elas irão variar de acordo com a obtenção da droga.

Através da tecnologia de recombinação genética tornou-se possivel  a obtenção de Eritropoetina, a partir de células de mamíferos, em que se insere o gene responsável pela síntese da Eritropoetina humana. A epoetina produzida por essa técnica de recombinação gênica é a alfaepoetina, indistinguível da Eritropoetina natural endógena.

A eritropoetina é secretada essencialemente pelo córtex renal. Em grávidas, o cérebro e o útero também produzem a EPO. A produção de eritropoetina é estimulada pela baixa de oxigênio nas artérias renais.

Homo sapiens


Rattus norvegicus



Equus caballus



Oryctolagus cuniculus


Danio rerio


Realizando um estudo de filogenia comparando os genes de expressão de eritropoietina das espécies acima foi possível chegar a um gráfico de similiariadade, também conhecido como dendograma, mostrado na figura abaixo.

Gráfico de similaridade de expressão de Eritropoetina


Nesta comparação de genes responsaveis pela expressão de eritropoietina, conclui-se que em relação ao Homo sapiens:
- o Oryctolagus cuniculus apresenta 29 genes idênticos de expressão de eritropoietina;
- o Rattus norvegicus apresenta 19 genes idênticos de expressão de eritropoietina;
- o Equus caballus apresenta  13 genes idênticos de expressão de eritropoietina;
- já o Danio rerio não apresenta nenhum gene idêntico de expressão de eritropoietina.
Baseando-se nesse estudo e empregando técnicas de recombinação genética, espécies diferentes, porém genéticamente similares, podem ser utilizadas como fontes para produção de eritropoetina indistinguível da natural endógena.

Eritropoetina 3D